1 de março de 2024

AS FACES OCULTAS DO PODER

 



O poder não é algo tátil, mas sapiente e orquestrado, que age com movimentos súteis e discretos nas peças do tabuleiro do Xadrez, com suave melodia e harmonia ao gosto dos ouvintes. Que nada compreendem na cerne, mas se atém ao campo literalmente visual dos resultados. Regidos pela programação inserida na matriz mental, recebem o plantio das sementes, que produzirão a farta seara que o sistema irá colher. Com a colaboração ingênua dos “peões” induzidos e conduzidos pela ilusão do exercício consciente da cidadania patriótica, da boa-fé, no não menos, que mais uma peça no tabuleiro do xadrez. Entoando o coral com o verso: em “defesa da Democracia e soberania nacional”.

Personagens, providos com currículos e histórico que trazem em si influência e representatividade sobre classes e massas, com desejo ardente de poder. Esse é o perfil ideal para ser posto no tabuleiro e assumir o título de “Rei”. O PLAYER do sistema é invisível, mas é ele quem faz a jogada, e muda as regras do jogo ao seu bel-prazer. As vezes retira do jogo uma peça, execra. Mas logo que julga importante para o controle da sua partida, o traz de volta com status de redentor, execrando o que detinha tal insígnia, e vice-versa.

Todo o objetivo é manter o poder sobre os domínios do sistema, para permanecer operante e nunca deixar escapar o controle. Para isso é preciso ter o movimento das massas em consonância com seus interesses, pois são elas quem chancelam, outorgam, carimbam, assinam a carta que dá o direito legal e institucional ao uso da batuta. Positivando uma peça do tabuleiro como se fosse a melhor escolha possível no momento do pleito eleitoral. Achando que estão no mais absoluto cumprimento do dever civil e democrático. Na verdade dos fatos estão Hipnotizados e alienados pelos Players, que oferecem um manto ideológico fictício aos peões, que vestem e acolhem a ideia com todas as forças, e passam a chamar de “nossa causa”. Néscios ao cúmulo de achar que são eles que selecionaram o redentor, o Rei do tabuleiro. Quando na verdade não havia escolha, mas imposição. Pois os players, esses sim, escolhem e colocam a disposição das massas de forma impositiva, pelo direito obrigatório (CF/88 Art.14,§1º, I) do exercício do sufrágio legal, que se faça a chancela. Que outorgue o “seu Rei”.

No Brasil, o sistema tinha removido estrategicamente sua peça favorita, o seu Rei, do jogo. Por sentir que as gotas de lama já estavam próximas de mais de seus “blazer brancos”. Mas o substituto, como capitão, não tinha a docilidade necessária ao posto de Rei, nem se esforçou para cumprir, ou seguir com o arquétipo de mãe do removido. Pois seu arquétipo é antônimo, “mão de ferro”, que abarcou no navio somente a tripulação, exceto um segmento ou outro. Assim sendo os Players decidiram neutralizar o “Pai” e trazer de volta a docilidade. Com ar de embate duro, difícil. Mas a realidade já estava construída, pois sempre irá prevalecer o jogador e não as peças. 

 Como detentores de grande poder e bons estrategistas que são, se colocam acima das leis e da ordem democrática, hodiernamente existente somente na retórica, que se torna mantra de people. Não se permitindo serem ameaçados ou vencidos por qualquer que seja o vil desperte. Ainda que seja preciso levantar um outro Rei, poder. Esse tem que ser menor, complacente, submisso. Ou será removido, com ação sutil, que dilacera mas que as garras de adamantium do Wolverine.

 Para conter a “saciedade zero” do abocanhamento, e da sangria estatal causada nos cofres públicos, empresas privadas companheiras, e nas não parceiras, levantou-se a justiça, com a Operação Lava jato, no combate a corrupção, personificada em um Juiz Federal e seus Procuradores. Empunhavam o cumprimento estrito da lei aos infratores. Mas os players perceberam a aproximação da força tarefa que já estava derrubando as torres, e na iminência da invasão ao seus castelos. Mas com uma jogada neutralizaram suas ações, mostraram quem verdadeiramente manda e organiza o sistema.  Trazendo de volta ao jogo o execrado, o troféu da justiça, foi liberto das grades, escorregando entre os dedos das mãos da operação. Mas para não ficar de graça, à autoridade togada foi engazopada, como aquele ditado popular que diz:” o cão atenta com alegria”. Foi seduzido a subir ao degrau maior, Ministro da Justiça. Iluso com sua aspiração máxima, e possível, à cadeira “Vitalícia” do poder, supremo STF (Superior Tribunal Federal).  Os jogadores então entraram em cena tão astutos quanto a serpente do éden. falaram ao ouvido do “bispo”, e. E o preço do cargo lhe custaria a renúncia da toga, seu esteio que lhe rumou até ali. De Eva tiraram o céu. Do togado, tiraram lhe o chão pela promessa ilusória do céu. O “bispo” teve seu sonho frustrado pela limitação do poder do Rei, que não é absolutista. Os players não elevariam a tal posto alguém rígido e impenetrável, não serviçal, que ameaçaria todas as suas diversas organizações, tão espalhadas e presentes que parecem o “olho de deus” da saga Velozes e Furiosos. Então forçaram a renúncia do “bispo” ao cargo. Perdendo assim todo status quo.

Mas os personagens centrais da Operação identificaram que a lei não é o poder maior, e sim quem as faz. Migraram então para o Panteão, sobre a égide do sufrágio popular, dos inocentes bem intencionados, peões. Mas o poder genuíno também não estava lá, como dizia Raul Seixas. A “torre” teve seu mandato de deputado Federal cassado. E o “bispo” silenciado, pois está enfrentando também um processo de cassação do mandato de Senador da República.

A mão invisível é magistral ao quadrado, não permitem se quer serem ameaçados, imagine perder. Sempre derrubam as ameaças, por menor que sejam, mas não aniquilam, pois sempre serão uteis. São guerreiros, sombra aterrorizante ao “Rei” em exercício do poder. Se o mesmo vacilar eles levantam do pó o guerreiro adormecido para assumir o posto do renitente. Derrubaram e levantaram o “Rei” atual. Em contra partida puniram com a derrubada do poder, o “Rei” que ouvindo seus conselheiros intentou a pensar em virar o tabuleiro do xadrez tirando o controle, mudando o tipo de jogo, uma afronta ao sistema. Puniram com rigor, tornando-o inelegível, e perseguido, ameaçado pela justiça de possível condenação, e restrição da liberdade, no enfrentamento dos processos. Em uma demonstração clara de que o poder também não está no Panteão.

Os players – A Elite Financeira Fabiana detentora de grande quantidade de bancos espalhados pelo globo, controladora da economia de grande parte das nações e dos mecanismos reguladores, são as faces ocultas do poder. Invisíveis, dominadores implacáveis, invencíveis. São foda! Por eles são colocadas e por eles são removidas as colunas do Panteão.

 Oh “Reis e peões, só a caixa é vosso lugar soberano.

 

                                                                                                               O viajante

 

6 de fevereiro de 2024

CASTELO BAHIA

 

                                

 

                                 A esperança é um castelo forte. Lá se abrigam os que creem. ( Rybeiro)

 

 Templo dos sonhos e encantos, das lendas e romances, fortaleza inviolável, abrigo real, refúgio em tempos de crises, ameaças e conflitos, gourmetizados pelo cinema, teledramaturgia, e pelos telejornais na cobertura das histórias narradas e escritas, vividas pelas realezas. Lançadas pelos quatro ventos, se perpetuam no espaço temporal, atraindo à visitação dos bons amantes de uma doce história ou estória. De eruditos, a estudiosos, pesquisadores e curiosos. Essa é a magia e fascinação arqueana que envolve a figura dos Castelos, chegando até nós como morada de Reis e seus palacianos, lugar de abrigo e proteção, segurança real, último ponto a ser derrubado em caso de conflito e ataque.

Além da sensação de segurança e fortaleza, o castelo carrega consigo a magia dos romances ocultos, sigilosos, mas não inconfidenciáveis, de reis e rainhas, príncipes e princesas. Com seus cantos, encantos, contos e paixões. Ilusões, desilusões, decepções e tragédias, envoltas nas cortinas do amor. Retratadas nas dramaturgias de Willian Shakespeare, na estória popular, nas lendas e no folclore. Como o conto de Maga Magalona de OLeone Fontes, em seu livro “Cristais em Chamas”. Sempre emocionando, despertando a curiosidade e atenção por onde chega.

Em tempos mais próximos temos em memoria a vida de Lady Di, a princesa de Gales, ou Princesa Diana. História que segue viva, com seus filhos Willian e Harry, ambos filhos de Daiana com Charles III. Tudo isso sobre o olhar da Eterna Rainha Elizabeth II, e protegidos pelos muros do castelo de Windsor, na Inglaterra.

Por toda a magia real ou imaginária que envolve a figura de um castelo, com sua elegância, suas festas, seus segredos presos entre as rochas, encontrando liberdade nos corações e nos lábios dos contadores de histórias. È que nos fascinamos à viajar nos ventos da emoção pelos Castelos da Escócia, Inglaterra, País de Gales, Noruega, Irlanda e tantos outros mundo a fora. E são esses ventos que sopram os encantos do universo, que rumam “O VIAJANTE DO MUNDO” à lugares improváveis e inimagináveis. Que desta vez foi soprado para dentro do “Castelo Bahia”. Imagine você saindo sem rumo, assim como a brisa, e de repente você se deparar com um castelo. Que sensação inebriante. É um feito tão improvável e surpreendente que leva ao êxtase do inacreditável. E foi assim que aconteceu o nosso encontro com o Castelo Bahia. Tão perto, tão próximo e tão desconhecido, que chega a ser inacreditável que exista algo de tamanha imponência real, mas sem holofotes. E olha que viajamos por muitos lugares históricos, e tudo que tínhamos conhecimento eram as ruinas do Castelo Garcia D’avila, na Praia do Forte, município de Mata de São João, na Bahia.

    A realeza atende os súditos, o Viajante do Mundo, com certo ceticismo, mas aos poucos vai contando a história da construção do castelo, e acaba por permitir o ingresso nas fortificações para à nossa visitação e apreciação das suas instalações. Tornando se a partir deste momento um guia. E castelo a dentro fomos mergulhados na Idade Média, nas instalações Romanas, a cada nova descoberta. Os quartos com o teto em rocha, janelas de madeira com espessura nunca vista, fechaduras medievais, a subida para as torres de vigia com diversos pontos de observação, o quarto do Imperador, local de abrigo, descanso e conforto, os palcos de eventos, três. Cada um tem seu lugar estratégico e com finalidades próprias. As belas torres que apontam para o senhor dos céus, são um espetáculo surreal. No percurso por dentro do castelo também aconteceram outras supressas. Como descobrir que o Autor de tudo aquilo também é um artista plástico e escultor, com diversas pinturas e imagens que retratam desde animais, santidades, até a beleza feminina. Com destaque para as fases de gestação. Um verdadeiro Coliseu, porém erguido.

Das mãos do monarca saíram as delicadezas para a arte plástica, e dos punhos a força que a vinte anos vem construindo, à materialização daquilo que um dia era apenas uma ideia “maluca”, improvável, e até impossível para o pensamento comum e habitual das pessoas. Construção que brota cada detalhe de dentro da fértil imaginação do seu criador, como se viesse por inspiração, trazida pelas águas do velho Rio Grande, que embelezam o cenário em volta do Palácio.

Já foram utilizadas 100 caçambas com 15 toneladas de pedras, cada. Incalculáveis quantidades de cimento ao longo desses 20 anos de construção, com uma expectativa de mais 20 anos até a sua possível conclusão, segundo a realeza. Pois como é algo, fruto da imaginação, pode nunca ser terminado, assim como a criatividade, que é infinita. Destacando que não há o emprego de concreto armado, ferragem, mas apenas pedras encaixadas.

 Aos descobridores, apreciação, se permitida for. Caso não! À admiração externa já lhe levará a conclusão de que todas as coisas se originam de um pensamento, uma crença nas suas ideias, e uma ação forte e determinada.

 Esqueça as opiniões o que pensarão as pessoas, o que te dirão a respeito de suas ideias, de seus sonhos e desejos. Foque, tome a direção, inicie com o que tem, ainda que seja só um ideia na cabeça. E o que falta irá aparecendo com a evolução do projeto em execução.

Deus só colocará o chão se você levantar o pé. E se tu levantar Deus não deixará seu pé afundar.

Siga seu caminho, seja o Rei, a Rainha da sua vida. Realize o que você quer, pois é perfeitamente possível!.

 

                                                               Com carinho

                                                                O viajante do mundo.